Wednesday, October 31, 2007

Sunday, October 21, 2007

SEMINÁRIO FÓRUM GAÚCHO





DATA: 05 DE NOVEMBRO DAS 08H3M ÀS 12H E DAS 13H30 ÀS 18H
INSCRIÇÕES; PELO E-MAIL cme@smed.prefpoa.com.br
INVESTIMENTO: R$ 10 PAGO NO DIA E LOCAL DO EVENTO
LOCAL: COLÉGIO SERVIGNÉ (RUA DUQUE DE CAXIAS, 1475 POA)

Saturday, October 13, 2007

PROJETO: EXPLORANDO O JORNAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

INTRODUÇÃO

A presente oficina foi idealizada a partir do projeto sobre o uso do jornal na Educação Infantil desenvolvido na EMEI Acácia Mimosa, localizada no município de São Leopoldo. O desenvolvimento deste projeto na escola de Educação Infantil justifica-se mediante a sugestão do uso pedagógico do jornal Vale dos Sinos pela Secretaria de Educação. A utilização deste veículo de comunicação possibilita a plena participação social do cidadão, pois é por meio dele que os leopoldenses se comunicam, tem acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, visões de mundo e produzem conhecimento.
Ao se trabalhar com o jornal abre-se a possibilidade de (re)aproveitamento deste material, utilizando-o como recurso didático alternativo na produção infantil. Com a (re)utilização das folhas de jornal estamos preservando o ambiente em que vivemos. O aproveitando de materiais de sucata motiva a criação de novos objetos significativos para as crianças e desperta a satisfação em conseguir realizar tarefas e vencer desafios.
Sobre este assunto Gomes (2001, p. 109) comenta:

O trabalho artístico é importante para que as crianças aprendam a explorar o mundo à sua volta. Existem inúmeros materiais que utilizamos como recurso de expressão, que nos auxiliam a criar coisas e colocar um pouco daquilo que somos no mundo.

A criança pode ser levada a compreender a importância do papel, de onde ele vem e como ele é produzido. Conversando sobre as árvores e conhecendo a sua função, aprendendo que o papel é feito da árvore e que esta necessita ser (re)plantada, assim a criança perceberá que é preciso cuidar da natureza para preservá-la.

OBJETIVO GERAL:
Promover experiências significativas com a linguagem oral, escrita e visual utilizando como recurso o jornal Vale dos Sinos, garantindo acesso ao conhecimento e ao mundo letrado, bem como o respeito à natureza através do (re)aproveitamento.

OBJETIVOS:
· Conhecer as partes que compõem o jornal;
· Conectar a criança com acontecimentos locais e globais;
· Conhecer as etapas de elaboração de um jornal (De onde vem o papel?);
· Apreciar a leitura, vivenciando emoções, estabelecendo identificações, exercitando a fantasia e a imaginação, conhecendo outros lugares, tempos e costumes diferentes dos seus e de sua comunidade;
· Desenvolver o interesse pela leitura, valorizando-a como fonte de informação;
· Familiarizar-se com diferentes gêneros de texto;
· Descentralizar o uso da folha de oficio;
· Utilizar recursos didáticos alternativos;
· Explorar diferentes materiais de sucata: jornal, rolos de papel, garrafa pet, etc.
· Produzir trabalhos de arte utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação;
· Perceber-se como parte integrante do Meio Ambiente e a importância da participação individual e coletiva na sua preservação.
De acordo com o Referencial Curricular para a Educação Infantil, os projetos são conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos específicos construídos a partir de eixos de trabalho que se organizam ao redor de um problema para resolver o produto final que se quer obter.


PESQUISA: Interagir com as crianças, dando-lhes a oportunidade de criar, perguntar e de obter resposta. O professor deve ser um pesquisador, ir em busca de informações e respostas aos questionamentos dos alunos. Conversar com as crianças, saber o que já sabem e o que desejam saber. Propor desafios, descobrir juntos novos conhecimentos. Registrando os questionamentos e as descobertas.

DESENVOLVIMENTO:

a) O QUE SABEMOS

Verificar/ analisar/avaliar o que as crianças sabem sobre o jornal, meio ambiente e sobre o processo da leitura e escrita.

PERGUNTAS FEITAS ÀS CRIANÇAS:

- O que é um jornal?
“È o que a gente lê... Saber as notícias... Ver o que acontece... O que é de mal também”.
- Para quê serve o jornal?
“Para ler... Para olhar... Ver as notícias... O que acontece de mal e de bem... Se o time ganha ou perde”.
- Que partes têm um jornal?
“Tem folhas... Tem partes que o avião da TAM bateu”.
- O que é ler?
“Ler para olhar... Tem alguma coisa que acontece”.
- O que é escrever?
“Desenhar... Fazer letras”.
- Para que serve ler e escrever?
”Para ir para a escola e saber tudo”.

RELATOS/OBSERVAÇÕES DAS CRIANÇAS:

-”Que devemos guardar o jornal para quem ainda não leu as noticiais e para trazer para a escola para fazer trabalhinhos”.
-“Que os rios transbordam por causa da chuva e os bueiros enchem de água e de lixo”.
-“As pessoas que colocam lixos nas ruas são porcas”.
-“Devemos colocar o lixo na lixeira para o caminhão levar. E trazer os rolinhos de papel, as garrafas e os jornais para a nossa sala”.
-“Eu acho que o jornal é feito de papel escrito”.

b) O QUE QUEREMOS SABER/FAZER

- Conhecer as notícias do jornal e as letras.
- Saber quais os trabalhinhos que iremos fazer com os jornais.
- Quem faz o jornal e como ele é feito?
- Nos queremos pintar, colar, desenhar e escrever.
- Como se faz um papel?

c) COMO IREMOS TRABALHAR?

- Através de questionamentos, usando o jornal como recurso didático.
- A partir da observação das imagens constatar o que pode estar escrito na(s) notícia(s).
- Através do jornal aprender a conhecer o que acontece no mundo, desfrutando e compartilhando sentimentos e emoções. Utilizando-se da produção de textos, dos símbolos, imagens, desenhos e outros.
- Trazendo materiais de sucata como (jornais, rolos de papel higiênico, garrafas), para realização de atividades envolvendo a criação de objetos.
- Pedindo ajuda aos nossos pais, avós e vizinhos, visando aquisição de sucatas para realização de atividades.
- Vamos confeccionar nossa cola e usar a criatividade para elaboramos nossos trabalhinhos.

d) O QUE DESCOBRIMOS:

Nosso projeto ainda esta em execução, mas já fizemos algumas descobertas como:

-Que nossa cidade (meio ambiente) esta ficando cada vez mais suja. Mas podemos fazer a nossa parte, ajudando a não colocar lixo nas ruas, não cortando as árvores.
- Estamos aprendendo a importância de reciclar e reaproveitar o lixo, ajudando assim o meio ambiente, valorizando e transformando esse “lixo” em lindos trabalhinhos.
- As pessoas que trabalham na reciclagem de lixo ajudam o nosso meio ambiente.
- Que um jornal é composto de várias partes chamadas de cadernos: do esporte, do resumo das novelas, as notícias, dos carros.
- Que sempre utilizamos o nome próprio para identificar os nossos trabalhinhos.
- Que ler e escrever são atividades que servem para comunicar, expressar idéias, opiniões, sentimentos, realidades, fantasias, e ter acesso aos acontecimentos do mundo.




AVALIAÇÃO:


O projeto está em desenvolvimento, pois ainda é significativo para as crianças. É interessante acompanhar a preocupação das crianças com o meio ambiente. Faz-se importante trabalhar a questão ambiental em todas as idades, pois assim estamos formando cidadãos conscientes para transformar a realidade do ambiente em que vivemos. Ao trabalharmos com materiais alternativos como recurso didático, seja em atividades lúdicas ou para decorar as salas de aulas, estamos desenvolvendo o conhecimento através da criatividade, valorizando a auto-estima das crianças, pois elas passam a perceber que o ambiente escolar é realmente um espaço organizado por elas e para elas. A maneira como as salas de aula são decoradas revelam muito da identidade e dos valores de quem nelas convivem, pois as figuras estereotipadas ali colocadas pelos professores, na maioria das vezes, não revelam nada da realidade local.
Ao desenvolvermos atividades que não se encerram ao final do dia, mas que a cada dia é uma nova etapa, essa aprendizagem torna-se mais significativa e desafiadora, pois instiga a curiosidade do que acontecerá a seguir.
Aproveitar inúmeras ocasiões em que as crianças realizam atividades de leitura e escrita e reproduções para fazer um acompanhamento de seu progresso/evolução. Realizando atividades que envolvem a leitura de jornais, textos produzidos oralmente pelas crianças, estamos promovendo situações que permitem as crianças relatar suas emoções e ampliar seu vocabulário. Visando assim uma melhor compreensão de fatos e idéias da realidade. O educador deve selecionar produções das crianças para poder visualizar sua evolução ao longo do ano. O fato de não ser exigido que as crianças estejam alfabetizadas ao final da Educação Infantil não significa que todos os aspectos envolvidos no processo de alfabetização não devam ser considerados.

Culminância:

Nosso trabalho será concluído em duas etapas: exposição de trabalhos na Mostra Pedagógica realizada pela Secretaria de Educação e com uma visita ao jornal Vale dos Sinos para conhecer como é feito um jornal.

Recursos:

- materiais de sucata (rolos de papel higiênico, jornais, garrafas descartáveis, caixas, papelão, etc.).
- cola grude (feita de vinagre, farinha de trigo e água).
- tinta tempera
- pinceis
- aquarela
- revistas
- livros
- filmes sobre o meio ambiente



BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. 2 v. Brasília: MEC / SEF, 1998.
CURTO, Lluis Maruny et al. Escrever e Ler: como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2000.
GOMES, Paola Basso Menna Barreto. Os Materiais Artísticos na Educação Infantil. In: CRAIDY, Carmen; KAERCHER, Gladis E. P. S. (orgs.). Educação Infantil: para que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília, 1998. v. 1.


Friday, October 12, 2007

FUNDEB

LEIA AQUI O LEI DO FUNDEB

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11494.htm
Piso salarial é aprovado na Comissão de Educação


A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (03/10) o projeto de lei que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$ 950,00 para os educadores da rede pública com formação em nível médio para jornada de, no máximo, 40 horas semanais, devendo 1/3 (um terço) da mesma ser reservada à hora-atividade. Os parlamentares acolheram o substitutivo do relator, deputado Severiano Alves (PDT/BA) aos projetos de lei 7.431/06 do Senado e 619/07, do Executivo. Esse valor deve ser atingido gradualmente até 2010. Um avanço no texto foi a incorporação de um destaque estabelecendo que os estados e municípios que comprovarem impossibilidade de pagar o piso receberão complementação da União.

Para a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Juçara Dutra Vieira, “a aprovação da proposta é fundamental, mas, evidentemente, queremos ainda um aperfeiçoamento porque ela não coincide com as nossas pretensões e necessidades como trabalhadores em educação".

Segundo a presidente da CNTE, essa aprovação é sem dúvida, resultado das diversas articulações feitas até aqui. “A categoria realizou ampla mobilização em todo o país, corpo a corpo junto aos deputados da Comissão de Educação, diversas manifestações e aulas públicas para que a sociedade conhecesse a realidade salarial dos educadores”, destacou.

A proposta inicial do governo estabelecia um o piso de R$ 850 para uma jornada de 40 horas semanais, sem diferenciação salarial entre os professores com formação em nível médio e superior.

A CNTE apresentou a proposta de piso de R$ 1.050,00 para educadores habilitados em nível médio e R$ 1.575,00 para habilitados em nível superior para uma jornada semanal de 30 horas.O relator da matéria deputado Severiano Alves, para atender parte das reivindicações da CNTE, apresentou um salário de R$ 900 para professores de nível médio e R$ 1.100 aos de nível superior, com carga horária semanal de 25 horas. Mas o que foi aprovado hoje foi um piso de R$ 950,00, a partir de 2008, com integralização ao vencimento até 2010.

O projeto segue para análise das comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania, podendo ser antecipada sua tramitação por decisão dos líderes partidários.

Outra matéria que está na iminência de ser votada é a que reconhece os funcionários de escola na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O PL 6.206/05, de autoria da senadora Fátima Cleide, entrou em regime de votação na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, porém teve pedido de vista atendido ao dep. Átila Lira (PSDB-PI). A matéria tramita em caráter terminativo e certamente significará um grande avanço para a educação pública e os funcionários de escola, em especial.

FONTE: WWW.CNTE.ORG.BR

OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Profª Katiane Crescente Lourenço


· Parte teórica:
· Origem da literatura infantil:
- Ascensão da burguesia;
- Reconhecimento da infância;
- Vínculo com a pedagogia;
- Literatura menor.
· Literatura infantil universal:
- Contos de fadas: Perrault, Irmãos Grimm e Andersen;
- Adaptações de romances de aventuras.
· Literatura infantil brasileira:
- Adaptações e caráter didático;
- Monteiro Lobato: marco da literatura infantil brasileira;
- Histórias emancipatórias.

· Critérios para a seleção de textos infantis:
Para a criança se interessar por uma determinada leitura, o professor precisa motivá-la, mas, para isso, o professor deve ser um leitor. Ele precisa saber qual o objetivo pretendido, quando quer que uma criança leia, devendo apresentar-lhe diversos títulos para que ela possa escolher o que mais lhe agrada.

Trechos retirados do livro: Literatura Infantil: gostosuras e bobices (Fanny Abramovich)

Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo...
O primeiro contato da criança com um texto é feito oralmente, através da voz da mãe, do pai ou dos avós, contando contos de fada, trechos da Bíblia, histórias inventadas (tendo a criança ou os pais como personagens), livros atuais e curtinhos, poemas sonoros e outros mais... contados durante o dia – numa tarde de chuva, ou estando todos soltos na grama, num feriado ou domingo – num momento de aconchego, à noite, antes de dormir, a criança se preparando para um sono gostoso e reparador, e para um sonho rico, embalado por uma voz amada.
Daí que quando se vai ler uma história – seja ela qual for – para a criança, não se pode fazer isso de qualquer jeito, pegando o primeiro volume que se vê na estante... E aí, no decorrer da leitura, demonstrar que não está familiarizado com uma ou outra palavra (ou com várias), empacar ao pronunciar o nome dum determinado personagem ou lugar, mostrar que não percebeu o jeito como o autor construiu suas frases e ir dando as pausas nos lugares errados, fragmentando um parágrafo porque perdeu o fôlego ou fazendo ponto final quando aquela idéia continuava, deslizante, na página ao lado...
E para que isso ocorra, é bom que quem esteja contando crie todo um clima de envolvimento, de encanto... Que saiba dar as pausas, criar os intervalos, respeitar o tempo para o imaginário de cada criança construir seu cenário, visualizar seus dragões, adentrar pela casa, vestir a princesa e outras coisas mais...
Ah, é bom saber usar as modalidades e possibilidades da voz: sussurrar quando a personagem fala baixinho ou está pensando em algo importantíssimo; é bom levantar a voz quando uma algazarra está acontecendo, ou falar de mansinho quando a ação é calma... Ah, é bom falar muito baixinho, de modo quase inaudível, nos momentos de reflexão ou de dúvida, e usar humoradamente as onomatopéias, os ruídos, os espantos... Ah, é fundamental dar longas pausas quando se introduz o “Então...”, para que haja tempo de cada um imaginar as muitas coisas que estão para acontecer em seguida... E é bom valorizar o momento em que o conflito está acontecendo e dar tempo, muito tempo, para que cada ouvinte o vivencie e tome a sua posição...
E mostrar à criança que o que ouviu está impresso num livro (se for o caso...) e que ela poderá voltar a ele tantas vezes quanto queira (ou deixá-lo abandonado pelo tempo que seu desinteresse determinar...). E quando a criança for manusear o livro sozinha, que o folheie bem folheado, que olhe tanto quanto queira, que explore sua forma, que se delicie em retirá-lo da estante (encontrando-o sozinha, em casa ou na escola), que vire página por página ou que pule algumas até reencontrar aquele momento especial que estava buscando... (mesmo que ainda não saiba ler, ela o encontra... e fácil!).