Saturday, April 21, 2007

“Hoje creio que é na luta cotidiana, no dia-a-dia, mudando passo a passo, que a quantidade de pequenas mudanças numa certa direção oferece a possibilidade de operar a grande mudança. Ela pode acontecer como resultado de um esforço contínuo, solidário, paciente.”
Moacir Gadotti

FÓRUM PERMANENTE DE EDUCAÇÃO INFANTIL

SÃO LEOPOLDO – RS

CONVIDA
ENCONTRO – ABRIL DE 2007


O FÓRUM PERMANENTE DE EDUCAÇÃO INFANTIL do município de São Leopoldo neste mês de abril, em parceria com o Conselho Municipal de Educação, fará um painel sobre a implementação do Sistema de Ensino no município.

O Conselho Municipal de Educação - C.M.E. - foi criado em São Leopoldo em 1972, mas sua implantação ocorreu de fato em outubro de 2003, com a função apenas consultiva.

Atualmente, a partir da nova reestruturação que está em andamento e também pela recente sanção da Lei Municipal nº 6.159, de 14 de março de 2007, que institui o Sistema Municipal de Ensino - S.M.E. - em nossa cidade, terá o acréscimo das seguintes competências: normativa, propositiva, mobilizadora e de acompanhamento e controle social.

Assim, o C.M.E., como órgão representativo da comunidade escolar e da sociedade leopoldense, exercerá um papel decisivo para o funcionamento do S.M.E. e, hoje, tem como objetivo a construção coletiva de bases sólidas para a educação na nossa cidade.

O Fórum Permanente de Educação Infantil de São Leopoldo convida a comunidade para participar deste debate. Aguardamos vocês.

OBJETIVOS

- Apresentar a composição atual do C.M.E. e suas competências dentro do S.M.E.
- Discutir os aspectos específicos relacionados à Educação Infantil de São Leopoldo: pública e privada.
- Constituir-se enquanto espaço de socialização de informações e experiências.
- Garantir amplo e permanente debate de pensamentos sobre as políticas da Educação Infantil e da gestão democrática.


A QUEM SE DIRIGE?
A todos os interessados em debater a Educação Infantil.

ONDE?
Câmara de Vereadores de São Leopoldo.

QUANDO?
27 de abril de 2007 – Sexta-feira.

HORÁRIO
19h

EVENTO GRATUITO

CONTATO
forumeducacaoinfantil@gmail.com

Fórum Permanente de Educação Infantil – SL

Relato do Encontro – março/2007


Para o ano de 2007 o Fórum tem a proposta de debater o Currículo na Educação Infantil, iniciando neste encontro, com a discussão em torno do FUNDEB (Fundo Nacional de Educação Básica e valorização dos profissionais em educação).

Foram convidados os professores Euclides Redim – Doutor em Psicologia Escolar pela USP, Especialista em Educação Infantil e autor de obras relacionadas à infância, Marta Quintanilha Gomes – Mestre em Educação na área de Formação de Professores pela UFRGS, professora na rede municipal de Porto Alegre e professora na Unisinos, e Andréia Nunes – graduanda em Pedagogia pela UFRGS e professora de educação infantil na rede municipal de São Leopoldo. Ao final do encontro ocorreu o debate, momento de trocas e construção de conhecimentos.

O Prof. Redim iniciou falando sobre a importância da infância e as modificações que o ensino fundamental de 9 anos trarão para a educação e sobre as avaliações à nível estadual e federal que estão gerando euforia. Diz que são questões de ordem política. Partindo desta introdução, fez um retrospecto com definição de ações, recursos e prazos até chegar a pauta do encontro: o FUNDEB.

Em 1996, a partir de uma carta de intenções o Plano Nacional de Educação – PNE - foi criado, com prazo de10 anos para ser implantado. No mesmo ano, a educação foi dividida em básica e ensino superior. Junto vieram os PCNs e o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, criados a partir da flexibilização da Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96, ambos garantindo a valorização das culturas nacionais. Os Parâmetros propõe autonomia para as escolas decidirem sobre questões pedagógicas e currículo, desde que os alunos aprendam. Mas, o mundo capitalista impõe provas, como o ENEM, por exemplo. O Banco Mundial impõe o que deve ser a educação básica para os países em desenvolvimento. As avaliações são constantes. Questiona: “Será que quem está sendo avaliado está feliz?”

Sem felicidade não há educação. Sem autonomia, onde não se criam seres de direito, não há cidadania. As vivências não podem ser quantificadas, mas os resultados são cobrados! A escola é um espaço onde as relações são insubstituíveis, porém a escola burocratizada quer o contrário.

Neste contexto então, surge o FUNDEB, pois o PNE não teve os efeitos esperados. Foi um documento engavetado.

Anterior a este, existia o FUNDEF proveniente de fundos arrecadados e fundos da União, distribuído conforme o número de matrículas nas escolas. Porém, a educação infantil não era contemplada e sabemos que estes alunos custam mais para o governo do que as demais esferas, mas conforme o Prof. Redim: “Sem recursos não há educação”. Então, o FUNDEB o substitui, com adesão inclusive das crianças de 0 a 3 anos.

Antes se pensava que a criança pequena era responsabilidade apenas das mães e da rede privada. Mas, vários foram os movimentos, inclusive em Brasília, no Congresso Nacional, o Movimento dos Frada Pintadas, para conseguir este direito.

A Profa. Marta Q. Gomes contribuiu com relato sobre o Sistema Municipal de Ensino de Porto Alegre. Falando do período em que foi membro do setor de regulamentação da educação infantil da cidade – SEREI, junto ao Conselho Municipal de Educação - CME. Diz que era um órgão multidisciplinar, envolvendo arquitetos, pedagogos, nutricionistas, etc.
A regulamentação passava por questões não só pedagógicas, mas da saúde, obras e outras áreas do conhecimento. O CME criou a legislação, pareceres, fez listagem de escolas que deveriam ser regularizadas. A partir do diagnóstico real começou o processo propriamente. O que se exigia de documentação, organização da escola e das salas de aula, reuniões nas escolas, regimento, enfim, eram problematizados.
Aquele foi um momento histórico de Porto Alegre com suas particularidades, e segundo a professora cada município tem que criar a sua maneira de viabilizar o processo.
Cita os documentos que deveriam ser encaminhados pelas escolas: CNPJ, Alvará da Secretaria da Saúde, Alvará da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, Carta de habitação para fins de educação infantil, Programa de prevenção de incêndio, Protocolo de cadastro no SME, Projeto Político Pedagógico - P.P.P., Regimento Escolar, cardápio exposto na entrada do estabelecimento com assinatura da responsável pela nutrição. Segue falando que o P.P.P. é um documento vivo, que traz como será a escola, quais os profissionais que atuarão e que deve ser construído coletivamente com pais, professores e direção. Não pode ser contraditório ao que ocorre na escola. O Regimento é o documento que irá viabilizar e dar funcionalidade para o P.P.P. e não um documento com proibições, horários,... Ainda, para estar dentro das normas para ser regularizada, as escolas precisavam observar o número de alunos e sua faixa etária por profissional, cuidando para que não ocorresse a superlotação das turmas. Por exemplo: de 0 a 6 anos até seis crianças por profissional, sendo um(a) professor(a) com formação em nível médio normal ou licenciatura. As turmas podiam ter no máximo 18 alunos.
Os alunos com necessidades especiais eram matriculados, tendo seu direito garantido e o SME buscava as vagas.
Fala sobre a estrutura dos prédios, onde salas de atividades e cozinha não podiam ser área de circulação. O local deveria ser limpo, arejado e iluminado.
Enfim, naquele período em que trabalhou em Porto Alegre as coisas ocorriam desta forma e fica a sua contribuição para este momento atual que vivemos agora em São Leopoldo.

A profa. Andréia Nunes fala sobre a valorização dos profissionais e a formação continuada dos educadores. Ressalta que formação é revisão, reflexão, ação, pesquisa.
De encontro com a pauta do Fórum, lembra que o FUNDEB serve para a realização de capacitação dos profissionais. Os professores precisam estar atualizados com os debates que estão ocorrendo e com as leis, pois a educação é uma rede, tudo está interligado. Os profissionais em educação, em geral, podem usufruir dos 40% do FUNDEB. Todas as pessoas que trabalham na escola (monitores, professores, pessoal da limpeza, pais, alunos, manutenção) são importantes.
Fala sobre a importância de se trabalhar em grupo, da formação política dos profissionais, seus direitos e deveres. Questiona: qual é a criança que está na escola? Pra quem é a escola de educação infantil? A escola tem que ter um projeto comum e para isso devem ser refletidas quais as demandas da escola para fazê-la melhor para aqueles que já estão inseridos nela.
Todo o espaço da escola é pedagógico, todas as pessoas que participam dela sabem o que é importante e devem estar inseridas ativamente. Fala sobre a graduação e nos faz pensar sobre como devemos ser e que devemos observar para não propor atividades fora do contexto e principalmente do nível de aprendizagem em que estão os alunos.

Encerra sua fala citando Maria Montessori: “A criança aprende mais até os seis anos do que o adulto a vida toda.”
Lança a proposta de com os participantes do Fórum se construir uma lâmina onde consista o que se entende por VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
*Condições de trabalho;
*Carreira;
*200 dias letivos;
*Carga horária;
*Qualificação;

Thursday, April 05, 2007

Encontro março de 2007

O Movimento do Fórum Permanente de Educação Infantil reinicia suas atividades neste ano de 2007, trazendo como proposta o debate em torno do "CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL" e da "VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS"
Neste encontro de março estaremos debatendo sobre a relação "FUNDEB X VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL"
Convite:

“Estou convencido da importância, da urgência da democratização da escola pública, da formação permanente de seus educadores e educadoras entre quem incluo vigias, merendeiras, zeladoras.”
Paulo Freire
O FÓRUM PERMANENTE DE EDUCAÇÃO INFANTIL do município de São Leopoldo convida para a discussão do FUNDEB, sua regulamentação e organização junto ao Sistema de Ensino.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) foi instituído e regulamentado em 2006, tendo sua implantação gradual iniciada a partir do início de 2007. O Fundo é formado com recursos provenientes das três esferas governamentais (Federal, Estadual e Municipal) e amplia a distribuição de investimentos resultantes desses recursos a toda educação básica pública.
A distribuição dos recursos oriundos do FUNDEB será feita conforme o número de alunos matriculados nas modalidades com prioridade de atendimento nos municípios e estados, tendo, no mínimo, 60% de seu montante destinado à valorização dos profissionais e o restante utilizado no desenvolvimento da educação básica.
É preciso debater as implicações e mudanças provocadas pelo Fundeb na Educação.Venha também participar e opinar.
OBJETIVOS
- Discutir aspectos referentes à regulamentação do Fundeb;
- Esclarecer possíveis dúvidas sobre a organização e distribuição do Fundo;
- Analisar as ações previstas a partir da implantação do Sistema Municipal de Ensino de São Leopoldo e o Conselho Municipal de Educação.
A QUEM SE DIRIGE?
A todos e todas interessados em debater temas relacionados com a primeira infância .
ONDE?
Auditório Central da Unisinos.
QUANDO?
28 de março de 2007 – Quarta-feira
HORÁRIO
Às 19h.

APOIADORES:
CEPROL – Sindicato dos Professores do Município de São Leopoldo.
CME – Conselho Municipal de Educação.
COL – Círculo Operário Leopoldense.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO – Câmara de Vereadores do Município de São Leopoldo.
Gabinete da Vereadora Ana Inês Affonso.
SMED – Secretaria Municipal de Educação, Desporto e Lazer de São Leopoldo.
UNISINOS – Área de Ciências Humanas – Curso de Pedagogia – Coordenação da Pedagogia.
EST – Escola Superior de Teologia

ORGANIZAÇÃO
Andréia Nunes
Caroline Kempfer Bianchini
Cristiane Maria Mainardi
Daniela Hack
Marita Redim
Rochele Santaiana
Zaira Carina Corneli


EVENTO GRATUITO